Como todas as meninas, Sofia teve muitos amores, ela não trocava de amores como trocava de roupa, mas admitia: "Já gostei sim, de vários garotos". Sofia aproveitava todas as oportunidades de se divertir, embora tivesse um humor insconstante seus sentimentos demoravam a mudar. Sofreu muito por isso, pois as vezes os garotos eram realmente muitos maus com ela, só porque ela era daquelas meninas que ficavam em cima até conseguirem o que quer. Depois de uma escolha que mudou sua vida para sempre, começou a se interessar por um menino: alto, magro, olhos castanhos, cabelos bagunçados, atencioso... Ele se tornou muito especial, pois cuidava dela como pai. E ela, filha de pais separados, via nele uma nova familia. Ele tinha interesses compativeis com os dela.
- Quando nos casarmos vamos morar em uma casa pequena, mas grande o suficiente para que possamos receber visitas. - dizia ele.
Gastavam horas imaginando como seria o casamento, seus filhos, sua casa. Ficaram juntos um ano e meio, mas não chegaram a namorar de fato. Eles curtiam a presença um do outro mais do que qualquer coisa naquela época.
- Tudo paree tão perfeito! - Sofia falava.
Com o tempo surgiram conflitos, as ideias já não eram assim tão compatíveis.
- Acho que não é isso! - ela falava com os olhos cheios de lágrimas.
- Não acredito, há uma semana dizia que me amava, e agora isso? Que amor é esse?
- Eu ainda amo! Mas eu sei e você sabe que não adianta a gente ficar insistindo.
E depois de lagrimas e soluços eles concordaram que não podiam ficar juntos, embora nunca negaram que ótimos momentos os que passaram.
Com essa dor batendo no peito Sofia começou a conversar muito com um de seus amigos, que também, por coincidencia ou não, havia terminado um relacionamento. Ambos estavam muito vulneráveis e carentes, sentindo necessidade de alguém. Começaram a conversar e dividir segredos e sonhos e confessar algumas coisas um ao outro, e isso foi ficando sem controle. Quando Sofia percebeu estava completamente apaixonada. Mas Gustavo que tinha tomado o cuidado de não misturar amizade com amor não correspondia. Quando o assunto estourou, cada um dava seu palpite:
- Ah Sofia! Se eu fosse você eu investia. Ele é um bom partido.
- Cuidado, a gente nunca sabe o que ele quer, já que ele não demonstra nada.
Quando Sofia pensava em desistir...
- Sofia... Será que já chegou a metade do caminho? É onde a maioria das pessoas desistem.
Nesse período Sofia contava com a ajuda de um outro amigo, amigo de muito tempo, esse até já tinha se interessado por ela, mas no coração a gente não manda.
- Desculpa Otávio! Não tem como a gente ter alguma coisa. Sabe, eu amo você, mas como amigo!
Sofia sabia que essa era a pior frase para se dizer a alguem que gosta da gente. Enfim, foi com esse amigo que Sofia começou a conversar, sobre as dúvidas em relação a Gustavo. E Otávio, normalmente nào sabia o que dizer.
- Calma Sofia, o que tiver que ser vai ser. Mas esse cara é um zerado, ele acha que é o bonzão. Não suporto pessoas assim. Acha que pode fazer o que bem entender com as meninas.
Otávio ficava realmente muito bravo diante de algumas revelações de Sofia. Com o passar do tempo, o caarinho e a atenção que Otávio dava a ela foi se tornando diferente, não porque ele mudou, ela estava mudando...
Aquele amigo que ela julgara jamais se interessar, começou a parecer um cara legal, depois um namorado em potencial...
Um dia Sofia descobriu que gostava daquele jeito dele. De fazer surpresa, de se oferecer pra ajudar a fazer coisas que le não sabia de fato, mas se propusera a aprender. Isso foi encantando a menina Sofia.
- Otávio, preciso organizar meus pensamentos... estou confusa...
- É? Eu também.
- Preciso conversar com o Gustavo!
- É?
- É!
- Sofia, eu tenho medo!
- Eu também.
Estranho a forma muito racional como o relacionamento nunca antes imaginado começou, mas é possivel ver nos olhos de Sofia, o quanto Otávio a faz bem! O quanto a faz feliz!
"Para os erros há perdão, para amores impossíveis... tempo!"